No dia 20 de Abril realizou-se na escola uma exposição para divulgação de
um local do mundo onde os Direitos Humanos não são respeitados.
Trata-se de um país em África- o Uganda . Esta situação foi denunciada
através de uma Organização Não Governamental (ONG)- “Invisible Childrens “ e de
um documentário designado “Kony 2012” e
visto por muitas pessoas a nível mundial.
Na “nossa escola” os alunos do 9º Ano associaram esta iniciativa aos
conteúdos curriculares da disciplina de Geografia e promoveram uma exposição
sobre este tema, convidando também os alunos do 8ºAno a promoverem a campanha,
junto da restante comunidade escolar.
Diversas opiniões foram escritas e como exemplo aqui fica o testemunho da
aluna Débora Costa, do 9ªA:
“No mundo nem todas as pessoas pensam
da mesma maneira. Nem todas as pessoas pensam que os direitos humanos são
importantes; muitas nem lhes ligam.
No “mundo desenvolvido” rapto é um
crime sério que raramente passa despercebido pois, normalmente, ao fim de
alguns dias é reportado nas notícias locais.
Mas se olharmos melhor, nos arredores
deste “mundo desenvolvido”, temos realidades destas que se chegam a tornar
completamente INVISIVEIS, por incrível que pareça!
Joseph Kony é um criminoso, altamente
perigoso, que há mais de vinte anos rapta e massacra crianças. É hoje
considerado um dos mais perigosos, como também o mais procurado mundialmente.
No entanto, e como muitos outros, é desconhecido por mais de 90% da população
mundial.
Quais as suas razões? Nenhum em
especial! Diz apenas que as suas ações servem para manter o seu poder.
Este exemplo, a representar a
situação de África, repete-se também noutros países, como na Coreia do Norte.
No entanto, enquanto que em África não existe um regime politico e social
concreto, na Coreia do Norte o regime politico é muito intenso, o que impede a
intervenção das forças militares de outros países nesta região.
No vídeo “Kony 2012”, o produtor
compara, por instantes, este Kony a Hitler, que também massacrou e matou
milhões de pessoas por razões muito pouco válidas, durante a segunda guerra
mundial.
Neste mesmo vídeo foi referida a
situação das crianças capturadas, que de certa forma são recrutadas por Joseph
Kony. As crianças são retiradas das suas famílias e obrigadas a lutar contra
elas. Por um lado, temos os rapazes no campo de batalha, e por outro temos as
raparigas a serem usadas como “instrumentos sexuais”, nas mãos deste tirano.
Muitas das crianças tentaram fugir, mas, ou acabavam mortas ou sem ficavam mal
tratadas fisicamente. A verdade é que estas crianças têm medo de morrer, da
noite para o dia!
Durante estes últimos oito anos, o
produtor deste vídeo tentou que o governo americano ajudasse estas crianças.
Mas foi-lhe sempre negada, esta ajuda. Até agora! O actual presidente dos EUA,
Barack Obama, respondeu ao pedido enviando, primeiramente, 100 militares
americanos para África. E para que os políticos não mudem de ideias surgiu,
também nos EUA, uma campanha. A campanha “TRI” foi desenvolvida com o objetivo
de dar a conhecer ao mundo este tipo de situação.
O que se pretende fazer, neste, é
elevar Kony ao nível das grandes estrelas, dos mais famosos, embora ser pelo
seu lado mais negativo: ser criminoso.
Por isso, em Abril deste ano (2012), nas
ruas e praças de todos os países do mundo vão estar afixados cartazes,
panfletos e muito mais ideias para denunciar esta situação a todas as pessoas,
que de algum modo, ainda não conhecem.
Neste caso concreto, isto é o melhor
a fazer. Mas este método nem sempre é o mais indicado.
Por isso, a ajuda internacional é,
por vezes, a única opção de resolver certos problemas, neste caso o problema
que este homem causou e que está ser divulgado pelo mundo inteiro.
Contudo, e voltando à situação da
Coreia do Norte (que se diz idêntica à de África), estes distúrbios a nível
social acontecem devido a um problema que afecta milhões de pessoas hoje em
dia: a pobreza de muitos e a riqueza de alguns.
Mesmo em países que à partida são o
contraste um do outro, podemos verificar que existe um abuso dos direitos
humanos por parte dos mais ricos. E consoante os interesses de cada país assim
os resultados da ajuda internacional variam.
Com isto (e para concluir) tenho a
dizer que a presença de uma pobreza elevada ou a ausência da mesma é um factor
decisivo no que diz respeito à intervenção da ajuda internacional.”